Diretrizes Para Projetos de Arquitetura – Light Steel Frame
Mesmo que qualquer projeto de arquitetura possa ser transformado em um projeto de Light Steel Framing, visando o melhor reaproveitamento dos materiais existem algumas diretrizes de projeto que auxiliam os arquitetos a moldarem os seus projetos especificamente para o sistema construtivo Light Steel Frame.
Vamos passar algumas diretrizes para projetos arquitetônicos neste e nos próximos posts. Fique ligado!
Estudo Preliminar – Diretrizes Para Projetos de Arquitetura
É importante desde a concepção do projeto se pensar na forma de produzir ou construir, portanto já no estudo preliminar devem ser considerados os conceitos e condicionantes estruturais.
O uso de malhas ou reticulados modulares planos e espaciais permite relacionar em um primeiro momento, a modulação da estrutura e os painéis de fechamento.
Para projetos com Light Steel Frame pode ser empregada uma malha ou reticulado plano de 1200 mm x 1200 mm, uma vez que no estudo preliminar, o arquiteto não tem ainda a informação precisa se a modulação estrutural será de 400 ou 600 mm.
Anteprojeto
Nessa etapa é essencial dominar o uso dos materiais e componentes que fazem parte da construção, para uma melhor especificação e integração desses materiais de acordo com a situação. É preciso também atentar-se ao uso a que se destina a edificação, critérios de desempenho termo-acústico e de acabamento. Essas condições são determinantes para a escolha entre as diversas combinações de fechamento vertical e laje possíveis.
No anteprojeto também é preciso considerar:
- Especificação de Esquadrias;
- Condições para a estanqueidade da estrutura. Os perfis de aço galvanizado nunca devem ficar aparentes;
- Viabilidade de concentrar tubulações em Shafts;
- Lançamento de peças que ficarão fixadas nas paredes para a devida previsão de reforços.
Projeto Executivo e Detalhamento – Diretrizes Para Projetos de Arquitetura
Visto que o processo construtivo Light Steel Framing é um processo racionalizado, nesta etapa deve se fazer uma compatibilização criteriosa dos projetos. Deve-se considerar todos os subsistemas existentes e compatibilizar de acordo com as peculiaridades do sistema construtivo.
Apesar de não ser comum o dimensionamento dos projetos arquitetônicos em milímetros, a precisão milimétrica deve ser considerada, uma vez que a estrutura de aço proporciona um sistema construtivo muito preciso. Portanto, apesar de não ser essencial, o arquiteto deve se atentar ao detalhamento em milímetros e não em centímetros como geralmente é feito.
A paginação dos componentes de fechamento internos e externos deve otimizar a modulação vertical e horizontal a ser compatível com as aberturas e quando necessário com o uso de diafragma rígido.
Deve ser detalhado o tipo de juntas de união (aparente ou invisível). É importante também considerar a deformabilidade da estrutura e as variações higrotérmicas dos materiais no detalhamento das juntas.
É importante detalhar a interface painéis/esquadrias, caracterizando o tipo de material, o modo de fixação.
Estes tópicos são os considerados mais importantes para o desenvolvimento do projeto. Cada arquiteto deve a partir daí verificar a necessidade de novos detalhamentos e adequações de acordo com as particularidades de cada projeto.